Poucas bandas podem reivindicar o impacto global e a fidelidade ao gênero como o Slayer. Reconhecido como um dos “Big Four” do thrash metal, ao lado de Metallica, Megadeth e Anthrax, o Slayer construiu uma carreira baseada em velocidade insana, letras sombrias e riffs que moldaram o thrash e influenciaram o metal extremo.
Neste guia, vamos explorar cada álbum da banda, destacando como eles contribuíram para consolidar o Slayer como um pilar do thrash metal mundial.
Discografia do Slayer: Um Guia do Thrash Metal Raiz
1. Show No Mercy (1983)
O primeiro álbum do Slayer é um mergulho cru no thrash metal, influenciado pelo heavy metal tradicional e pelo movimento NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). Com faixas como "Die by the Sword" e "Black Magic", o disco já apontava para o estilo agressivo que marcaria a banda.
- Destaque: O espírito DIY, já que a banda financiou o álbum com a ajuda dos pais de Kerry King e Tom Araya.
2. Hell Awaits (1985)
Com estruturas mais complexas e letras que mergulham profundamente no ocultismo, Hell Awaits solidificou a reputação do Slayer como uma banda extrema. A faixa-título é uma obra-prima do terror sonoro, com introdução reversa que evoca um clima de condenação iminente.
- Destaque: A evolução na produção e a transição para um som mais técnico.
3. Reign in Blood (1986)
Considerado por muitos o maior álbum de thrash metal de todos os tempos, Reign in Blood redefine o gênero com sua intensidade brutal. Produzido por Rick Rubin, o disco traz clássicos como "Angel of Death" e "Raining Blood", em uma explosão de velocidade e agressividade em apenas 28 minutos.
- Destaque: A perfeição na combinação de velocidade, técnica e impacto lírico.
4. South of Heaven (1988)
Depois da violência sonora de Reign in Blood, o Slayer optou por desacelerar um pouco (relativamente) e apostar em atmosferas mais sombrias e melódicas. South of Heaven introduziu uma nova camada de complexidade às composições, com destaque para "Mandatory Suicide" e a faixa-título.
- Destaque: Prova da versatilidade da banda ao explorar ritmos mais lentos sem perder a identidade.
5. Seasons in the Abyss (1990)
Um equilíbrio perfeito entre a velocidade de Reign in Blood e a atmosfera de South of Heaven, Seasons in the Abyss consolidou o Slayer como mestres do thrash metal. A faixa-título e "War Ensemble" se tornaram hinos atemporais da banda.
- Destaque: Primeira vez que a banda gravou um videoclipe fora dos Estados Unidos, no Egito.
6. Divine Intervention (1994)
O Slayer manteve a agressividade característica, mas abordou temas mais contemporâneos, como assassinatos em série e corrupção. Embora divisivo para alguns fãs, o álbum apresentou momentos de pura fúria, como em "Dittohead".
- Destaque: Introdução do baterista Paul Bostaph, que substituiu Dave Lombardo.
7. Undisputed Attitude (1996)
Este álbum de covers presta homenagem às raízes punk do Slayer, revisitando bandas como Minor Threat e The Stooges. Embora fora do padrão da banda, mostra as influências de uma cena que moldou seu som inicial.
- Destaque: Um vislumbre das influências punk e hardcore no thrash metal.
8. Diabolus in Musica (1998)
O Slayer experimentou novas sonoridades, incorporando afinações mais baixas e riffs que remetem ao groove metal. Embora polarizante, o álbum é uma prova da disposição da banda em explorar novos territórios.
- Destaque: Faixas como "Stain of Mind" mostram um Slayer adaptando-se ao final dos anos 90.
9. God Hates Us All (2001)
Lançado no fatídico 11 de setembro de 2001, God Hates Us All marcou o retorno à brutalidade pura, com letras explorando temas de ódio, caos e religião. "Disciple" é um dos destaques, com o refrão inesquecível: "God hates us all!"
- Destaque: Um álbum que resgata a intensidade visceral do Slayer clássico.
10. Christ Illusion (2006)
O retorno do baterista Dave Lombardo trouxe nova energia à banda. Christ Illusion mistura crítica religiosa com um som que remonta aos dias mais ferozes do Slayer. Faixas como "Jihad" e "Eyes of the Insane" mostram a relevância da banda no século XXI.
- Destaque: Grammy por "Eyes of the Insane" na categoria Melhor Performance de Metal.
11. World Painted Blood (2009)
Uma despedida em tom de celebração ao thrash metal, World Painted Blood combina a intensidade dos álbuns clássicos com uma produção moderna. Faixas como "Hate Worldwide" e a faixa-título demonstram o Slayer em plena forma.
- Destaque: Último álbum com a formação clássica antes do falecimento de Jeff Hanneman.
12. Repentless (2015)
O álbum final do Slayer é um tributo à sua própria história. Com Gary Holt no lugar de Jeff Hanneman, Repentless é um encerramento apropriado para a carreira da banda, com faixas que exalam a fúria característica do grupo.
- Destaque: Um álbum que reforça a marca registrada do Slayer: intensidade até o fim.
Conclusão
Cada álbum do Slayer contribuiu de maneira única para o desenvolvimento do thrash metal, moldando o gênero com sua brutalidade, técnica e postura intransigente. Da crueza de Show No Mercy à maturidade de Repentless, o Slayer se manteve fiel à sua essência enquanto pavimentava o caminho para as futuras gerações do metal extremo.
E você, qual é o seu álbum favorito do Slayer? Deixe nos comentários e participe da discussão sobre essa lenda do thrash metal!
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